Menopausa e o risco de demência de Alzheimer

Dra Karol Thé | Longevidade 40+ | Saúde da Mulher

O estradiol, principal hormônio sexual feminino que começa a cair já numa fase que antecede a menopausa, está envolvido em vários processos relacionados à função cognitiva.

Isso é tão certo que mais de 80% das mulheres na perimenopausa e menopausa relatam sintomas de ondas de calor ou fogachos, alterações de humor e sono e diminuição da performance cognitiva, especialmente da atenção e memória. Além disso, a ação protetora do estradiol no cérebro está demonstrada na regulação da função mitocondrial e na modulação dos níveis de acetilcolina e dopamina, importantes substancias químicas cerebrais, responsáveis pela memória e motivação.

Isso corrobora para as evidências pré-clínicas do efeito neuroprotetor do estradiol, indicando a associação entre menopausa, envelhecimento cognitivo e doença de Alzheimer, causa mais comum de demência no mundo e que afeta duas vezes mais mulheres que os homens.

É fato que temos as bases neurofisiológicas e neuroquímicas claras para afirmar a proteção cerebral pelo estradiol e sua associação como risco de Doença de Alzheimer. Portanto, as mulheres sem contraindicação para terapia de reposição hormonal (TRH) na menopausa devem também ter como base essas informações para decidirem, junto com seus médicos, sobre a melhor forma de realizarem uma TRH segura e eficiente.