Ao longo da vida, nós mulheres, passamos por mudanças físicas e emocionais complexas, que impactam na saúde e podem causar dor.

Na adolescência, as alterações hormonais podem gerar dor pélvica, caracterizada por espasmos ou cólicas, de intensidade variável, acompanhadas de dor de cabeça ou enxaqueca e dores nas costas.
Na fase adulta, as principais causas de dor estão a dor nas costas ou lombalgia e a endometriose, essa última tem uma prevalência de cerca de 15% nas mulheres em idade fértil e provoca perda da produtividade e risco aumentado de infertilidade.

Na fase madura, após os 45 anos, com a chegada da transição para menopausa, pode ocorrer a presença de dores musculares e nas articulações, em várias regiões do corpo. Nessa fase, importantes mudanças metabólicas começam a aparecer, principalmente decorrente do estresse oxidativo e inflamatório, menor frequência da prática regular de exercício físico e ganho de peso.

A fibromialgia é uma doença que causa dor crônica na mulher em cerca de 3% da população brasileira e pode surgir em qualquer fase da vida, da adolescência a idade madura.

Todo plano de tratamento da dor na mulher deve ser integrativo. A terapêutica deve ser individualizada, abordando os aspectos emocionais e físicos, além de uma avaliação nutricional e hormonal precisa, que deverão compor o tratamento da dor da mulher com resultados mais efetivos e duradouros.

“Toda dor tem tratamento e não deve ser normalizada em hipótese alguma. Ter o acompanhamento de uma médica especialista em dor é seguir uma vida com mais qualidade.”

Dra. Karol Thé